quarta-feira, 7 de maio de 2014

Se aventurando em Cunha


Participamos da primeira etapa de 2014 da Adventure Camp, o maior, mais famoso e muito bem organizado circuito de corridas de aventura do Brasil. Eu já havia participado de outra etapa em 2011, mas para a Yasmin seria a primeira! Decidimos por fazer algo mais tranquilo, e escolhemos a categoria light que são 25 km divididos em quatro modalidades, bike, caiaque, corrida, e vertical. A adventure camp possui duas distancias, 25km e 50km, e diversas categorias dividas nelas. 



Para quem esta começando no esporte a categoria light é uma ótima pedida, porém essas distâncias podem variar um pouco, nesta etapa na verdade foram 28km.


A corrida começa muito antes da linha de largada, e isso é ótimo porque cada vez mais vai dando aquele gostinho de chegar logo e mais vontade ainda de correr. Em uma corrida de aventura a preparação é essencial, desde treinos para melhorar seu preparo físico, até preocupações de quais serão as vestimentas certas para a corrida, alimentação e equipamentos.
De alimentação por se tratar de uma corrida de media duração, é ideal que se leve alimentos compactos e leves, como barra de cereal e carboidrato em gel. Além de água e repositor eletrolítico.
As vestimentas devem ser leves e confortáveis, a camiseta a organização fornece, porém algo fundamental é o calçado do tipo "trail", e alguns detalhes como uma meia correta e um short fazem uma boa diferença. Recomendamos a meia Double skin e a calça Race da CURTLO.
Os equipamentos necessários são listados pela direção de prova, e todos são conferidos na véspera da prova.

Como a Yasmin não tem bike, nosso amigo Marco Aurélio nos emprestou a dele, carregamos o carro com todos os equipamentos e partimos para Cunha- SP. Para chegar a Cunha é bem fácil, indo de São Paulo ou Rio de Janeiro basta seguir pela Rodovia Presidente Dutra e na altura de Guaratinguetá, pegar a saída do mercado Spani. Dali são mais uns 40 minutos até Cunha.



Chegamos a Cunha e fomos direto para a Praça do Lago onde era a concentração da prova, la tivemos que cumprir algumas etapas para poder pegar o mapa da prova, estas etapas eram fazer o check-list de equipamentos, a doação de alimentos, pegar o kit da prova e tirar a foto oficial (que nunca vimos).


Check-list para poder pegar o mapa

O mapa só é liberado a partir das 18:00 hrs, e você tem até as 20:00 hrs para plotar os postos de controle, traçar sua rota e sua estratégia. As 20:00 hrs ocorre o briefing da prova, onde todo o percurso é explicado detalhadamente e qualquer duvida pode ser sanada.




Ficamos hospedados na Pousada da Oma, um pouco afastada do centro (20 min) e no caminho da Pedra da Macela. Uma pousada muito bonita e super tranquilo o lugar com uma bela mata em volta e um lago em frente ao chalé.
http://www.pousadadaoma.com.br/

No dia seguinte acordamos cedo tomamos um café da manhã reforçado e seguimos rumo a Cunha. A largada foi as 8:00 hras, largamos de bike e logo na saída já encaramos uma bela subida, o relevo de toda a prova foi lotado de sobe e desce.
Adotamos a estratégia de irmos no nosso ritmo, tentando fazer o minimo de esforço possível para poder aguentar toda a prova.
A nossa prova era composta por 7 postos de controle, chamados usualmente de PC. Não existe uma rota definida para a prova, a única regra é que se deve passar pelos PC's na ordem correta. É justamente no PC que ocorre a troca de modalidade.

Como já dito largamos de bike e fomos até o PC 1, onde deixamos a bike e fomos a pé até o próximo PC, os PCs 2 e 3 eram juntos, o PC 2 era divido em A e B, a parte A era fazer uma rapel na cachoeira, e a parte B era entrar atrás da cachoeira para pegar uma senha que seria usada para retirarmos a bike no PC.
No PC 4 pegamos os duck's e descemos uns 5 km de rio até o PC 5, fomos correndo até o PC 6 e pegamos as bikes. Estava indo tudo ótimo, ganhamos posições na parte do duck e estávamos em 22º lugar do geral. Foi então que minha bike (Eduardo) estourou a corrente, na hora minha boca amargou e fiquei alguns segundos paralisado. Não tinha chave de corrente para arrumar e o alicate que daria para tentar arrumar com ele acabei deixando no hotel para carregar menos peso.
Como é uma corrida é muito dificil que alguem pare para ajudar, mas não ia desistir da prova assim tão fácil. Fui correndo empurrando a bike na subida, no plano ia como se fosse um patinete e nas decidas aproveitava pra embalar o máximo possível. Depois de uns 5 km nisso passou um pai com um filho e ele possuía a chave de corrente e parou para nos ajudar! ficamos uma meia hora pra conseguir trocar, porque ninguém sabia muito bem como usar a chave. Depois de trocada fomos rumo ao PC 7, e depois a tão aguardada chegada!

Chegada que, para alcança-la, eram somente subidas, foi a parte mais exaustiva da corrida, onde só nos restavam alguns % de energia!

subidas e mais subidas!! Foto: Claudio Margini


Mas...conseguimos completar a prova, e foi um alivio na chegada, mesmo com o pensamento...”Nossa, nunca mais vou fazer isso denovo!!”
Passado uns dias, esse sentimento passou e só ficou a vontade de participar denovo!!! Quem diria!!

Mesmo com este contra tempo ficamos em oitavo lugar de nossa categoria! Ficamos bem animados com o resultado!


Isso mostra como qualquer um pode fazer uma corrida de aventura, basta ter os equipamentos e força de vontade! 


Cansados mas felizes na chegada!! detalhe pros dedos pretos de graxa por ter que arrumar a corrente!

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